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O pai de santo de 63 anos alegou em depoimento após ser preso em Campo Grande, por estuprar uma menina de 15 anos, durante uma sessão espírita, na noite dessa segunda-feira (21), que estava ‘tirando’ espíritos obsessores da adolescente que segundo ele estava ‘carregada’.
A delegada Karen Viana Queiroz da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), disse que o pai de santo contou que trabalha há mais de 40 anos e que estava semiconsciente durante a sessão. O homem disse que não se lembrava dos detalhes do que aconteceu, já que estava incorporado.
Ainda segundo o depoimento, o autor afirmou que se aconteceu contato sexual entre ele a adolescente 'foi com os pés para extrair as energias ruins'. A menina frequentava o local há 4 meses, sempre acompanhada da mãe.
O pai de santo disse em depoimento que é comum aquele tipo de atendimento e que durante a 'transferência de energia' existe o contato físico entre a entidade e a pessoa atendida no local.
Ainda segundo os relatos do autor, o espírito incorporado retira a energia negativa de 'espíritos obsessores por meio das partes íntimas', e alegou que a vítima estava ‘carregada’ e cheia de problemas em sua vida pessoal.
O pai de santo confirmou que o que aconteceu na sessão foi devido 'sua necessidade de descarregar as energias ruins' que havia absorvido da vítima durante a sessão.
Durante o depoimento da menina, ela disse que o homem estava usando uma cueca, de cor azul. A polícia confirmou a informação verificando as vestimentas do pai de santo, que nega o crime.
Dentro da cueca foi encontrado um pedaço de papel, mas a polícia não informou se havia algo escrito. Segundo a delegada, o pai de santo não tem passagens pela polícia.
A mulher contou que a filha estava em uma sala sozinha com o homem, que fazia o atendimento dizendo estar incorporado por uma entidade. Durante a consulta, o autor colocou as mãos por dentro do short da menina e a fez segurar seu órgão genital.
Após o abuso, o homem ainda disse para a menina não contar a ninguém o que tinha acontecido. A adolescente saiu da sala assustada e chorando. Depois de contar os fatos para sua mãe, a polícia foi acionada. Quando o autor foi questionado pelo militares, ele disse não se lembrar de nada já que estava incorporado.